A JORNADA DE ROBIN:

Bloco 1 - Início da Jornada

Capítulo 01 -
Apresentação

Provavelmente o leitor está esperando a história iniciar-se nesse capítulo, e eu lanço uma pergunta, não, minto, três: Quem sou eu? O que tenho a ver com a história? Como sei o que aconteceu, detalhadamente?

Se você, caro amigo ou inimigo, foi incapaz de responder à essas três perguntas simples, é porque ainda está despreparado para ouvir a minha história, afinal, como vai entender algo se não conhece quem narra os acontecimentos? Não existe figura mais importante na narração do que o narrador, oras. Dito isso, me apresento: Meu nome é Robin Appleton, um Mestre Pokémon e atual diretor de uma Escola Pokémon.

Com tantos anos de experiência, aprendi várias coisas e ouvi sobre diversas jornadas famosas e lendas. Explorei boa parte desse mundo maravilhoso, desde arquipélagos lindos até ruinas tenebrosas. Após isso, fui prestigiado com o título de Mestre Pokémon e decidi voltar à minha terra natal, Hoenn, para fundar uma escola de elite, com o objetivo de aprofundar os conhecimentos de treinadores avançados.

Muitos se perguntam sobre o meu sucesso: Como esse homem conseguiu tanta fama? O que ele fez que eu não fiz? Será que ele foi escolhido? Bem, honestamente, eu não fiz nada de mais, apenas me esforcei sem desistir. Muitos acham que eu já comecei a vida de treinador com vantagem, possuía atributos especiais, condições perfeitas, mas estão enganados. E provarei isto a vocês contando minha primeira experiência de treinador.

E agora, o leitor consegue responder às questões feitas anteriormente? Isso é bom, sinto que agora podemos começar a nossa... digo, a minha, história.

Cápitulo 02 - Lei de Murphy

Finalmente havia me formado na escola de treinadores de Hoenn e estava pronto para iniciar minha jornada. Digo, era minha obrigação estar pronto, por estar uma hora atrasado para encontrar com o professor Birch. Logo pensei se tratar de um mero imprevisto, visto que Ash Ketchum, um Mestre Pokémon, se atrasou para pegar seu primeiro Pokémon e isso não atrapalhou em nada sua jornada. Aliás, esse fato até o beneficiou de certa forma.

Como morava na mesma cidade do professor, Littleroot, decidi ir até lá com meus novos tênis de corrida. Lembrei-me de ter deixado os tais tênis na varanda de minha casa e fui pegá-los. Assim que me aproximei, um Pelipper, com seu grande bico, apareceu voando e apanhou-os. Por quê? Não me pergunte, pergunte à Lei de Murphy ("Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará"). Aliás, pegue um atalho e pergunte àquele Absol, que... Sabe, é melhor não fazer isso, um atalho aparente é quase sempre mais longo que o caminho normal.

Fui privado de qualquer outra escolha senão perseguir o infame ladrão, enquanto era bombardeado por ataques de azar dignos de um programa de humor pastelão: Fui vítima de um assalto-relâmpago, perdendo meu relógio, tropecei em uma pedra, caindo em um delicioso poço de lama, e, por último, alguma senhora infeliz despejou água suja em mim de uma janela.

Por fim encontrei o fugitivo escondido em um beco-sem-saida na cidade. Suponho que a intenção dele, ou melhor, dela, era alimentar seus filhotes com os meus tênis. Creio que o leitor não se interesse em saber sobre os detalhes da minha luta horrível e desesperada pelos tênis e da minha fuga igualmente desesperada para casa.

Com pressa de sair de perto daquele Pelipper assassino e seus filhotes psicóticos, que começaram a me atacar também, agarrei o ninho com meus tênis dentro e finalmente cheguei em casa, apenas para receber uma recompensadora mensagem de boas-vindas de minha irmã mais velha, Melissa:

— Não quero saber... — disse ela com um olhar indiferente.

Cápitulo 03 - Melissa

Antes de mais nada, peço desculpas para Melissa, mas não sejamos hipócritas, nós dois sabemos muito bem que a sua fase adolescente foi... digamos... confusa. É claro que todos nós, sem excessão, possuimos um pouco de loucura, principalmente quando somos adolescentes, porém acredito haver um limite para tudo.

Na maior parte do tempo, Melissa usava roupas escuras, de estilo gótico e ficava trancada em seu quarto. Na outra parte do tempo, variava de humor e de estilo de acordo com vários fatores complexos que eu ou qualquer pessoa normal nunca poderia entender. Como meus pais viajavam frequentemente, Melissa era responsável por tudo.

Tinha dezessete anos, era consideravelmente bonita, mas todos temiam chegar perto dela (à essa altura, você já deve imaginar porquê). Sempre foi mais madura que a maioria das garotas de sua idade, tendo definido seus objetivos e planos de vida aos doze anos e começado a trabalhar em uma empresa online com catorze. Não era exatamente um gênio como eu, mas conseguia surpreender.

Enquanto eu vivia meus nove anos, ela começou a se distanciar desse "mundo fútil e previsível" e juntou-se à uma, digo, um... quer saber? Nem eu nem meus pais jamais descubrimos nada sobre esse grupo, ou seita. Só sei que, com o tempo, as mudanças ficaram claramente perceptíveis: Adotou hábitos estranhos, como riscar a parede de casa no mesmo lugar todos os dias e acordar no meio da noite para olhar para a lua, começou a sumir por alguns dias a cada semestre e lutava contra Pokémons selvagens ocasionalmente. Acredite ou não, ela nunca perdeu uma luta.

Como você percebeu, Melissa daria um bom caso para Freud. Deixando isso de lado, acabei de me lembrar que foi nessa época que tive aquele encontro com o Absol. Ah, você quer saber mais sobre o que aconteceu? Pois bem, vamos prosseguir.

Cápitulo 04 - Lembrete

Lembrete pessoal: Parar de fazer capítulos inúteis que nada ou pouco vão influenciar na trama.